quinta-feira, 18 de outubro de 2012

COMPARTILHANDO ATIVIDADES DE ARTE

ARTE NA ESCOLA COM JOAN MIRÓ

Projeto desenvolvido no curso de Artes Visuais da UFES pela colega MARINELDA B. DA SILVA.

EMEI “PADRE BERNARDO HENRIQUE NIEWIND”

INTRODUÇÃO
A criança na educação infantil, segundo Piaget, com idades entre 2 e 7 anos, se
encontra no período Pré-operatório. Nesta fase, a criança está desenvolvendo a linguagem.
Atividades envolvendo artes é a melhor forma para educá-las com ideais de amor, harmonia e
beleza, segundo Platão.

Compete ao professor a responsabilidade de estimular e desenvolver os sentidos
visuais e perceptivos da criança através de atividades que permitam manusear objetos, tintas,
cores e brinquedos, criando, observando, construindo, destruindo e reconstruindo. Também
compete ao professor, inserir a criança no mundo da arte, através de leitura de imagens de
obras de artes, adaptando-as ao contexto infantil. É o que busquei com neste trabalho,
realizando atividades, relacionado-as as artes visuais tendo como artista escolhido, o
surrealista Joan Miró, que traz uma ampla gama de materiais ricos para crianças nesta fase.
Pois suas obras são simples, bastante coloridas e muitas delas, estão envoltas no universo
infantil nos remetendo ao mundo dos sonhos e da imaginação.

"A pintura nunca está acabada, nem nunca começa, uma pintura é como o vento,
algo que caminha sempre, sem descanso." (Joan Miro)

Através de diversos questionamentos, foi possível perceber uma relação com a
Filosofia da Arte, Pois através destes, as crianças puderam se expressar de forma livre e
voluntária, demonstrando autonomia no pensar. Todo o projeto foi trabalhado tendo como
fundamento, o questionamento para se chegar a conclusões finais, mesmo não tendo sido
pensado a priori como meio filosófico.


JUSTIFICATIVA
No século IV antes de Cristo, Platão ensinava a seus discípulos que a arte é a melhor
ferramenta para se educar uma criança. O filósofo dizia que, até os 7 anos de idade, nossa
mente deve ser ocupada com ideais de amor, harmonia e beleza. A criança desenha com
qualquer objeto disponível como pedaço de pau no chão, carvão na parede, rabiscos no papel,
demonstrando que a arte está presente na vida desde a infância. Sendo assim, temos uma
ferramenta poderosa em nossas mãos. Há necessidade de buscarmos soluções para cativar a
criança no mundo das artes, levando para a sala de aula, obras de artistas, contextualizando
atividades, incentivando desde cedo à leitura de imagens através do olhar estético, crítico e
observador. Pois segundo RCNEI (2001, p.85) “a criança pode utilizar-se das artes visuais
para expressar experiências sensíveis”. Sensibilidade demonstrada no surrealismo por não
ficar preso às formas, misturando realidade e ficção, o mundo dos sonhos assemelhando-se
em determinados pontos, ao mundo infantil.
Breton define Surrealismo como "Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a
exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento
real do pensamento".

OBJETIVOS
• Conhecer o artista Joan Miró e suas obras de forma dinâmica;
• Desenvolver a percepção visual através da leitura de obras de arte a partir de
observação, narração e interpretação de imagens e objetos;
• Apreciação das artes visuais e estabelecimento de correlação com as experiências
pessoais;
• Despertar a curiosidade e o gosto pelas artes visuais bem como conhecer materiais e
suportes para produção de arte.
• Reconhecer a existência de formas e cores no mundo, bem como o uso da linha;
• Aprender a manusear pincéis, tintas e utilizar cores;
• Conhecer, perceber e produzir texturas,
• Produzir trabalhos artísticos, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da
colagem e da construção;
• Valorizar a produção artística individual e coletiva.

RESULTADOS ESPERADOS
• Que o (a) aluno seja capaz de reconhecer o artista Miro e suas obras;
• Que seja capaz de reconhecer cores, tintas manuseando-as de forma adequada bem como conhecer recursos diversos para pintura (espuma, escova de dente, pincel);
• Que a criança desenvolva maior interesse por obras de artes a partir do artista trabalhado.
• Que seja capaz de reconhecer, diferentes tipos de texturas, formas e linhas. 

METODOLOGIA

Iniciei o Projeto Arte na Escola com Joan Miro na EMEI “ PADRE BERNARDO HENRIQUE NIEWIND” situada no município de Itarana, no dia 21 de março de 2011 no turno vespertino,, que teve duração de quatro dias. Para introduzir o artista e suas obras contei uma breve história criada por mim:

_ Nooooooooossa quantas crianças!
Boa tarde criançada!
Estou muito feliz em ver você s! La´ ! Lá ! Lá !
Vocês me conhecem né? Simpático, olhos  castanhos, cabelos lisos, charmoso, sou eu! Não  conhecem? Oh! Mais que falta de educação! Não apresentei! (risos)!
Meu nome é Joan Miró!
Quem consegue falar meu nome aí?
Hó mais que legal, tem meu nome ali no telão!
Vamos falar sílaba por sílaba juntinhos!
Jo - an Mi - ró! Lindo criançada! (boneco bate palmas)
Agora que me conhecem vou contar uma história pra vocês! 


Era uma vez um menino muito feliz, ele morava num lugar distante chamado
Barcelona. Ele gostava muito de desenhar e pintar. Era um me nino sonhador e mostrava isso em sua arte. Um dia... o menino cresceu! Cresceu estudou artes e se tornou um belo rapaz, só que o rapaz era obrigado a estudar coisas(cursos) que ele não gostava, porque ele gostava mesmo era de desenhar, pintar, fazer arte! Mas não é arte de bagunça não hein! rsrs r!
É arte de artista! O jovem ficou tão triste porque era obrigado a fazer uma coisa que não queria que acabou ficando doente. E aí, o que será que aconteceu com ele? O que vocês acham?
Ele não desistiu de seus sonhos e ficou currado! Conheceu outros artistas, aprendeu muito com eles e continuou fazendo obras de arte ainda melhores! Por falar nisso, ali no telão, é uma obra do jovem? É sim que alegria! Quem gostaria de falar o que está vendo na obra do artista? Ou seja, o que tem lá?
Tem bolinhas? Tem triângulos? Tem estrelas? Tem quadradinhos? Quais as cores que ele utilizou para pintar? Tem muitas l linhas desenhadas? Vamos fazer o movimento da linha do desenho com o dedinho? Assim...Muito bem! Só tem criança esperta aqui! ((boneco aplaude a turma).

Quem quer falar o que achou da obra?
Você gostou? Por quê? Ela transmite alegria ou tristeza? (aplausos)
Bom, agora que já contei a história do menino, quero ver quem sabe o nome do menino?? Vou dar uma dica, ele é simpático, tem olhos castanhos, cabelos lisos e é charmoso!
Descobriram? Joan Miro, sou eu! Vamos bater palmas para quem acertou! 

A interação dos alunos foi muito boa, responderam às perguntas, fizeram gestos  imitando formatos contidos na obra Jardim - 1977, o formato mais comentado foi a estrela. O beija-flor de Miró da obra Jardim, até ganhou o nome de pavão por uma das crianças! Outra obra foi confundida com um pé. E qual foi minha surpresa ao mostrar no data show a obra Ell  Gallo.

De imediato os alunos identificaram que a pintura de tratava de um galo, descrevendo  as formas e cores ali contidas. Planejei deixar as obras passarem no telão após o teatro de fantoche e leitura da obra Jardim, sem nada comentar para ver os comentários dos alunos.
Mas tive que mudar os planos devido aos desvios de atenção. Enquanto questionava a s cores e os formatos das obras expostas, os alunos interagiam e faziam comentários, porém, se eu parasse de falar, eles se dispersavam.

Após a história, fiz com eles a leitura de algumas obras em data show com o fundo musical   O caderno de Pe. Fábio de Mello.

Após leituras de imagens, em duplas, as crianças montaram quebra-cabeças personalizados com obras do artista.. Foi estabelecida uma regra antes do início da brincadeira, onde que, cada dupla ao terminar deveriam trocar com o colega. 


Foram observadas as core s e os formatos das peças que compõem a obra.. Foi um momento lúdico muito tranquilo, as crianças se dedicaram totalmente na atividade, demonstrando satisfação em realizá-la, seguindo a regra ao término da montagem. Dentre sete obras escolhidas para a atividade El l Gallo e Jardim, foram as que mais chamaram a atenção da criançada.

No segundo Dia de aplicação do Projeto, trabalhei uma Releitura da obra Ell Galllo de Joan Miró. Antes de iniciar a atividade do dia, as mesas da sala forma forradas com jornal, deixando em cima de cada mesa um pedaço de cartolina, dois pinceis (um grande e pequeno), escova de dente e espuma circular. A professora até brincou, disse que transformei sua sala em um ateliê. Ela demonstrou felicidade com a atividade.
Apresentei novamente o fantoche perguntando o seu nome. As crianças responderam de imediato Miró o que me deixou muito feliz, pois significa que aprenderam o que falei na aula anterior. Apresentei em tamanho grande, a obra Ell Gallo, questionando seu conteúdo e cores (Alguém lembra dessa obra? Já montamos quebra-cabeças com ela! O que vocês vêem na obra do artista, o que é? Quem já viu um galo de perto? Quem sabe imitar um galo, como ele faz?? Como é um galo, é colorido? É bonito? É grande ou pequeno? E a obra do artista Miró, o que vocês acharam? Vocês gostaram? Alguém gostaria de falar o que sentiu ao ver a obra? Que cores o artista utilizou para pintar a obra?

Mostrei uma tela p para que as crianças conhecessem um dos suportes utilizados pelo artista para produzir sua arte. Mostrei também um godê, uma espátula e tubos de tinta a óleo. Uns falaram que a mãe tinha em casa. Ao mostrar uma pequena tela com uma rosa pintada por mim, uma criança gritou: você é uma artista! Não sou mais agradeci e fiquei feliz pelo elogio! Expliquei como é preparada a tinta a óleo parra pintar, de que a tela é feita, como usar a espuma e a escova de dentes para produzir um efeito diferente na pintura.. A utilidade de se usar um pincel grande e um pequeno.

Cada criança recebeu um pedaço de papel cartolina um pouco maior do que o A4 para desenhar e depois pintar o galo semelhante ao da obra do artista. Para auxiliar os alunos fui desenhando o galo no quadro para que pudessem visualizar as linhas nele contidas. O resultado foi válido, pois algumas crianças se basearam no desenho que fiz e pintaram seguindo as cores contidas na obra. Me impressionei com a facilidade que alguns alunos demonstram tanto para desenhar quanto para pintar,de modo que a produção ficou com uma boa estética, utilizando os materiais conforme expliquei.

Uma coisa que me intrigou foi o fato de algumas crianças pintarem o galo detalhe por detalhe, para depois pintar a folha praticamente toda Encobrindo o desenho. Talvez tenha sido a empolgação em utilizar a espuma em formato redondo para carimbar a tinta no papel, uma vez que, foi com ela que eles carimbaram tudo!

As obras foram expostas no salão de recepção da escola para que os pais e colegas de outras turmas pudessem apreciar. As crianças se divertiram, aprenderam e a satisfação ficou estampada em seus rostinhos felizes!

No terceiro dia, 24/03/20011, trabalhei linhas e  formas. Antes de iniciar as atividades, posicione as Carteiras formando os grupos de quatro alunos. Expus três obras de Miró no quadro todas em tamanho grande. Mostrei o boneco (fantoche) do Miró perguntando seu nome. As crianças responderam de imediato, já associaram o boneco ao artista. Fiz uma rápida leitura de imagens com as três obras:

Obra 1 - Cantor Melancólico
O que vêem na obra?
(responderam: bolinhas, quadrados, retângulos).
Questionei as cores (vermelho, preto, verde, azul, amarelo). Falei o nome da obra questionando o significado de melancólico. As respostas foram diversas, menos a que pretendia ouvir, então, pedi que observassem a imagem e falassem se o “cantor” estava alegre ou triste, aí sim, responderam corretamente!

Para a obra Chanteur, fiz os mesmos questionamentos  anteriores, ao perguntar de que se tratava a obra, alguns falaram que era um pica-pau, outros um besouro.
A terceira obra foi mais complexa, possuindo muitas formas, o que chamou mais ainda a atenção das crianças pela  formas coloridas. Também foi realizado o mesmo método de questionamentos para a leitura da imagem, e as respostas foram surpreendentes, as crianças viram até disco voador na obra! Em momento algum discordei d elas, somente continuei questionando: tem mais coisas?? Quem gostaria de falar? Até se chegar ao resultado esperado.

Após leitura da obras, cada grupo recebeu uma obra desenhada em tamanho grande e suas formas recontadas para montar, onde deveriam encontrar o local e exato de cada peça, forma e colar em seu devido lugar. O empenho foi unânime, quando não encontravam o lugar exato gritavam,, tia onde é essa bolinha? Foi muito bom ver o interesse e participação dos pequenos. Ao terminar, cada grupo foi à frente mostrar o trabalho para seus colegas, apontando no quadro, qual das três obras o grupo montou. Falaram se foi difícil ou fácil e por quê. Em seguida fizemos uma exposição das obras no salão de recepção da escola.

No último dia de atividade em 222 de março de 2011, trabalhei com texturas.
Para iniciar, fiz um jogo do adivinha, uma brincadeira com um livro de textura artesanal. Nele continham diversos objetos com diferentes texturas: palito de dente, Bombril, cotonete, canudinho de refrigerante, conchinhas do mar, entre outros, onde a criança de olhos vendados, através do tato, tinha do que se tratava dizendo o que estava sentindo, se o objeto era macio, áspero, liso.

Quando a criança não acertava, eu mostrava para a turma questionando:: para vocês é uma coisa bonita ou feia? O que você sente ao ver isso? (conchinha s do mar), é uma sensação boa ou ruim? Por quê?

Após a brincadeira, mostrei para a turma a obra O Ouro do Azul de Joan Miro, fazendo uma leitura através de questionamentos. Dessa vez não mostrei o boneco de Miro, apenas questionei quem será o autor desta obra? O que as crianças responderam sem hesitação.
Fizemos uma leitura de imagem falando das formas e cores. Durante a leitura da imagem, questionei se a obra, para eles era bonita ou feia, se sentiam alegria ou tristeza ao olhar para ela.

As respostas foram diversas, e ao questionar o porquê de ser bonita ou transmitir alegria, uns falaram que era bonita porque tinha olhos, outros porque era colorida, outros não souberam se expressar falando, e apontaram com o dedo o local da obra que fazia com que a mesma para eles se tornasse bela e demonstrasse alegria. Mas o que mais me impressionou foi quando uma garotinha gritou: “É bonita porque tem textura”! A professora Cláudia que me auxiliou todo o tempo, olhou surpresa parra a obra e confirmei que a mesma, possui textura visual na parte azul! Demonstrando assim, que a brincadeira com o livro de textura produziu frutos! Após a leitura da obra, cada criança fez uma releitura. Primeiro desenharam, depois fizeram o preenchimento das cores com raspas ( pó, pedacinhos) de giz de cera. Após o término dos trabalhos, as obras das crianças foram penduradas no varal da sala cada qual com seu nome.

CONCLUSÃO

Concluo com este trabalho uma sensação inexplicável de alegria e satisfação. As aulas de observação foram tão preciosas quanto a minha prática, pois me ajudaram a conhecer a turma, observar o modo como a professora trabalha, seu modo de agir diante de determinada situação, demonstrou todo um trabalho de amor e dedicação para com os pequenos. Notei a priori, que a arte é trabalhada na educação  infantil como meio para se atingir outros objetivos, mesmo assim, a professora tem uma boa visão da arte, pois questionou o fato de não existir arte educadores na educação infantil, afirmou que seria interessante que as crianças pudessem ter um projeto de arte onde cada mês fosse trabalhado um artista diferente. Ainda faltam caminhos para serem trilhados, mas acredito que esta experiência foi um primeiro passo para uma visão mais ampla do ensino da arte.  As crianças possuem grandes habilidades. Cabe a nós educadores, ajudar a desenvolvê-las. Precisamos, como profissionais da educação que somos, cultivar valores artísticos em nossas crianças, para que estes não se percam, gerando futuros cidadãos críticos, conscientes e cultos.


BIBLIOGRAFIA
COLA, Pereira César. Prática de Ensino I. Vitória: UFES, Núcleo de Educação Aberta e a
Distância, 2011. 102 p. il.

SOUZA, Correia Aline. Novos Caminhos. Educação Infantil. Música, Movimento e Artes
Visuais. DCL Difusão Cultural do Livro.

VALADARES, Solange; VALADARES Érika. Fofurinha. Volume 2. Editora FAPI
FONTE, Pati. Projetos Pedagógicos Dinâmicos. Disponível em
<http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/artes_visuais.htm>. Acesso em 08/03/2011

ARTEPENSANDO. Disponível em
<http://artepensando.blogspot.com/2010_02_01_archive.html>. Acesso em 90/03/2011

TERRA, Regina Márcia. O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA TEORIA DE PIAGET.
Disponível em <http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm>.
Acesso em 10/03/2011

SURREALISMO. Disponível em <http://www.mutiraodesociologia.com.br/?p=457>. Acesso
em 17/03/2011.

Aprendiz Arte Ateliê: Oficinas para Pais, Crianças e Educadores. Disponível em
<http://aprendizarteatelie.blogspot.com/2010/03/oficinas-de-artes-para-criancas-de_25.html>.
Acesso em 17/03/2011

MARTINS, Raquel. Trabalhar as texturas no jardim de infância. Disponível em <
http://educacaodeinfancia.com/trabalhar-as-texturas-no-jardim-de-infancia/>. Acesso em
17/03/2011

SURREALISMO. Disponível em <http://www.historiadaarte.com.br/surrealismo.html>.
Acesso em 18/03/2011

EDUCADORES. Possibilidades de criação “Joan Miró”. Disponível em
<http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=45&visivel=sim&mes=1>. Acesso em
18/03/2011

2 comentários:

  1. Esta foi uma atividade que gerou bons resultados, onde tive a alegria de ensinar e ao mesmo tempo aprender, pois as crianças possuem grande facilidade para aprender e compartilhar o que sabem. São sinceras e muito criativas. Me surprendi com a experiência que tive com os pequenos!

    ResponderExcluir